Foto de uma mulher usando óculos e um moletom. Ela está em pé, clicando em um tablet que está preso na parede. No Tablet e na parede existem muitos post-its coloridos com desenhos e anotações.
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UX Research em Dashboards

Nov 2024
5
minutos de leitura
Foto de uma mulher usando óculos e um moletom. Ela está em pé, clicando em um tablet que está preso na parede. No Tablet e na parede existem muitos post-its coloridos com desenhos e anotações.

Por que UX Research é essencial para o sucesso de produtos de dados

Os dashboards se tornaram cada vez mais ferramentas indispensáveis ​​para a tomada de decisão nas empresas. Eles condensam dados complexos em visualizações mais acessíveis e fornecem insights rápidos para usuários de diferentes áreas. No entanto, muitos dashboards acabam subutilizados ou mal interpretados por não serem consideradas as necessidades e expectativas dos usuários. É aqui que entra a importância de UX Research (Pesquisa de Experiência do Usuário).

Mas o que é UX Research?

A pesquisa de UX é o processo de entender o comportamento, as motivações e as necessidades dos usuários. Isso envolve diversas metodologias, como entrevistas, testes de usabilidade, questionários e observações, que ajudam a criar produtos mais intuitivos e eficazes. Em projetos de dashboards, o UX Research atua como o ponto de partida para entender como os usuários interagem com as informações, o que realmente precisam visualizar e o que farão a seguir com estes insights.

Caso Real: Painel Executivo de Análise de Vendas

Para demonstrar um caso real de usabilidade problemática, incluímos uma imagem do painel no qual o usuário enfrentava dificuldades recorrentes para localizar as informações desejadas. Nessa versão original, o layout apresentava um fluxo visual desordenado, que não era condizente com o modelo mental do usuário. O fluxo destacado na imagem mostra as áreas de frustração e o trajeto percorrido durante uma entrevista de profundidade.

1. Dashboard original: fluxo percorrido antes da reestruturaão cm UX Research.

A linha de percurso desenhada na imagem ilustra o caminho que o usuário seguia com suas interações e análises. Após as primeiras seleções de filtros - no canto inferior esquerdo - o usuário analisava os primeiros KPIs de vendas - no topo da página. Logo de início, um problema comum de arquitetura, deixando longe um componente de interação constante importante e sua principal análise. A partir daí, analisava KPIs de clientes e, logo após, observava os KPIs de Ticket Médio. Neste ponto, acabava dividindo sua atenção entre dois caminhos: ou visualizava o mapa com as vendas por setores ou descia para ver os comparativos de vendas acumuladas. Finalmente, seguia para os gráficos de rankings, incluindo devoluções por causa e vendas por classe. No meio desse percurso, havia um KPI chamado “Devoluções” que o usuário acabava ignorando, por não entender claramente do que ele se tratava, nem como esse dado poderia impactar sua análise. Esse KPI, assim como o gráfico de evolução de vendas, ficava esquecido e sem análise. Essa sequência caótica de ações destacava o desalinhamento entre o layout e o modelo mental do usuário. Em vez de uma navegação intuitiva e contínua, ele era forçado a “pular” entre diferentes partes da tela, resultando em uma experiência fragmentada e desgastante. Ao tentar compor uma visão completa dos dados, o usuário frequentemente se confundia, o que tornava o processo mais cansativo, frustrante e menos produtivo. Além disso, pudemos diagnosticar inúmeros pontos de atrito ou desejos de melhora.

2. Pontos de atrito: identificação de ganhos e dores no cenário original.

O KPI inexistente e a troca de e-mails...

Uma das grandes descobertas das entrevistas foi a de que, quando identificado um problema com os resultados de determinadas regiões, o diretor que analisava este dashboard se perguntava sobre o porquê do problema. A origem deste problema quase sempre era uma métrica que não estava presente na tela.

Sendo assim este diretor:

  1. Enviava um e-mail para sua secretária pedindo a ela a informação atualizada;
  2. A secretária enviava um e-mail para cada um dos 10 gerentes pedindo uma informação;
  3. Após o retorno de todos os gerentes, ela consolidava num excel e fazia um cálculo;
  4. E, então, enviava as respostas para o diretor colando os dados no corpo do e-mail.

Este processo chegava a levar dias. Só então o diretor poderia diagnosticar mais a fundo o problema e focar na solução com o gerente responsável. Quanto vale o tempo de um diretor de uma multi-nacional? Qual o impacto de 5 dias aguardando para avaliar uma métrica que continuou piorando neste período?

É neste momento que a pesquisa equipara seu investimento e horas despendidas. Algumas horas de UX bem direcionado e o corte de desperdício de horas valiosas do cliente e uma grande quantia em prejuízo evitada.

Reestruturação e Resultados

Esta imagem mostra o dashboard após a aplicação das melhorias identificadas com base nas pesquisas e feedback dos usuários. A interface agora reflete um design mais intuitivo, eficiente e alinhado às necessidades reais dos usuários finais.

3. Dashboard reestruturado: versão final após o trabalho de UX Research

Diagnósticos

1. Clareza Visual
  • Dashboards complexos costumam oferecer uma grande variedade de dados e funcionalidades, o que pode facilmente confundir o usuário sem uma organização clara. Por isso, é essencial aplicar uma posição visual que destaque as informações mais importantes e facilite a navegação. Ao identificar quais dados e funcionalidades são prioritárias para o usuário, essas áreas podem ser posicionadas em locais de fácil acesso e alta visibilidade, enquanto itens menos frequentes são minimizados ou movidos para uma visão secundária.

2. Organização e Arquitetura da Informações

  • Na versão inicial, não havia uma execução clara, o que fazia o usuário gastar mais tempo para encontrar o que precisava. Com a aplicação de uma estrutura hierárquica pensada para as necessidades dos usuários, a versão final apresenta os dados em camadas de importância. Isso garante que os elementos mais importantes sejam visualizados primeiro, permitindo uma navegação mais lógica e eficaz.

3. Uso de Gráficos e Visualizações Eficientes

  • Na reestruturação do painel, a escolha dos tipos de gráficos foi redefinida para melhor responder aos dados que eles representam e à forma como os usuários desejam visualizar essas informações. Antes da intervenção de UX Research, era comum encontrar gráficos que, embora visualmente completos, dificultavam a interpretação rápida. Isso poderia incluir, por exemplo, gráficos de pizza com muitos segmentos, gráficos com volume denso de barras ou tabelas mal executadas.
  • Na nova versão, cada tipo de dado foi adicionado a uma visualização que facilita a comparação e a análise rápida.

4. Feedback e Mensagens de Orientação

  • Textos de apoio, como instruções de "Seleção de métrica" ​​ou indicações sobre a unidade de medida dos gráficos, ajudam o usuário a entender o contexto dos dados apresentados e a tomar decisões com mais facilidade. Essas orientações fornecem informações diretas e contextuais, garantindo que o usuário compreenda os dados e interaja com o painel sem incertezas.
  • Quando as mensagens de orientação são objetivas e claras, elas melhoram a experiência do usuário, pois ele sabe o que cada métrica representa, como usá-las e como interpretar as visualizações. Esse suporte adicional cria um ambiente de uso mais eficiente e confortável, permitindo que o usuário se concentre na análise dos dados, e não na tentativa de decifrar o funcionamento ou as origens do dashboard.

Resultados e impactos no negócio

1. Maior Alinhamento com as Necessidades do Usuário

  • Muitas empresas criam dashboards com a proposta de que “quanto mais dados, melhor”. No entanto, nem todos os dados são igualmente relevantes para cada utilizador. Após uma pesquisa prévia com os usuários-chave, identificamos quais detalhes eram essenciais, facilitando o desenvolvimento e superando as expectativas.

2. Redução de Retrabalho e Custo

  • Sem uma pesquisa inicial, é comum que os painéis precisem de várias rodadas de ajustes após o desenvolvimento, o que pode ser caro e demorado. UX Research ajuda a construir uma base sólida, garantindo que o produto final seja mais assertivo desde o início, economizando esforços de desenvolvedores de Datavis.

3. Aumento da Eficiência e da Produtividade

  • Se a interface é intuitiva, os usuários podem acessar e entender os dados com rapidez, sem frustrações. Isso gera um impacto direto na produtividade, já que os profissionais gastam menos tempo buscando informações. E tempo é dinheiro.

4. Melhoria da Satisfação do Usuário

  • Um painel bem desenhado é mais do que funcional: ele cria uma experiência positiva e agradável para quem o utiliza. Quando um dashboard é projetado considerando a perspectiva do usuário, ele não só se torna mais fácil de usar, como também oferece uma percepção de valor que impacta diretamente a satisfação, gera uma melhor compreensão das informações e resulta em maior engajamento.

Conclusão

Investir em UX Research no desenvolvimento de dashboards permite construir uma ferramenta que realmente entenda e atenda as necessidades do usuário final. Ao aplicar uma abordagem centrada no usuário, as empresas podem oferecer um painel intuitivo, acessível e orientado para facilitar a tomada de decisões. Isso faz com que o usuário encontre um ambiente onde se sente seguro, com o controle nas mãos.

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